Thursday, July 29

Celeste e as comédias românticas


Lembrou que a maioria das histórias entre casais que seriam felizes para sempre, passava por um processo engraçado. O melhor deles, na opinião dela, era quando as mulheres sofriam. Deixavam de usar maquiagem, chegavam atrasadas no emprego, engordavam comendo brigadeiro na frente da televisão e, quando não precisavam trabalhar, usavam o mesmo pijama furado, sujo de molho shoyo pelo final de semana inteiro.

Quero um pouco disso, pensou. Olhar através dos vidros opacos da janela do pequeno flat deprimente e encontrar um céu indeciso. Ter um bichinho de estimação, provavelmente um gato, dorminhoco na melhor poltrona da sala... Ouvir a voz das amigas através de recados na secretária eletrônica para lembrar de como era dramática quando dizia que era solitária... E se esfriasse, as únicas cores vivas que estaria usando viriam de suas pantufas, já que não gostava de frio nos pés.

O cabelo oleoso ainda teria o cheiro do perfume passado na última vez que tomou banho, na sexta-feira de manhã, quando agradecia pela chegada do sábado, já que não seria obrigada a ver pessoas. Só encontraria os óculos em meio à bagunça porque sentaria em cima deles. Até sentiu pena de sua vista porque as lentes estariam embaçadas e cheias de digitais, mas ela não se importava de passar uns dias sem enxergar perfeitamente. Já não encontrava beleza nas coisas.

As crianças, que ela gostava tanto, agora eram como vilões. Não tinha marido e era pobre... Jamais conseguiria alguém para chamá-la de mãe... E que diferença faria, afinal? Não via bênção em porcaria alguma e se insistissem nessa história, terminaria dizendo que pequenos humanos eram como pequenos demônios - vomitavam, gritavam, adoeciam, comiam meleca, faziam cocô e ainda te pediam para limpar e dar banho!

Não estava afim de falar com você. E não gostaria que soubessem das coisas que ela tinha pensado. Era invasão de privacidade. Me odiou porque escrevi a respeito, achou que tínhamos uma parceria, a cumplicidade. Aparentemente desleal, postei contra sua vontade e, mais uma vez, objetivamente transcrevi sentimentos profundos que outras pessoas não deveriam saber... ... Ela fechou a cara, disse uma porção de coisas com o dedo enfiado no meu rosto e desapareceu batendo a porta enquanto pedia um pouco mais de respeito.



RODAPÉ

Every Woman in Me - Lara Fabian (fala sério, ela canta "Why" da Annie Lennox e "Angel" da Sarah! Pirei geraaal quando escutei!)

O post saiu sem querer. Espero que gostem!

Resolvi criar coragem e estou baixando o seriado The Big Bang Theory. Assisti alguns episódios por causa de Cila... E resolvi retomar a série agora. Não estou no clima de ver Fringe ainda, mas já tenho as duas temporadas há meses.

#Eugostodenutella. :X

34491 (Quem é vivo sempre aparece...)

Saturday, July 24

Bride Wars

(Noivas em guerra, Gary Winick, 2009)


Me falaram muito mal desse filme... Mas a verdade é que não consigo parar de me perguntar o que diabos as pessoas esperam de comédias românticas, se filmes de terror, ação, aventura, e até mesmo os conhecidos como "alternativos", de alguma maneira são catalogados e - por quê não? - enlatados.

De qualquer maneira, vim por outro motivo. Aprendi que não vale a pena discutir certas coisas, especialmente, quando o grande mentor delas é basicamente o gosto individual.

Ontem estava quase dormindo, teorizando a respeito de algumas coisas na minha vida - escolhas, fracassos, vitórias, decepções... - e cheguei a seguinte conclusão: minha visão a respeito da amizade é puramente romântica. E, na base do romance, desejo amizade.

Basicamente casou com a mensagem do filme: "às vezes, na vida, são formados alguns laços que nunca se quebram. Às vezes, você realmente pode encontrar uma pessoa que ficará do seu lado não importa o que aconteça. (...) Também existe a possibilidade de aquela pessoa com a qual você pode contar pela vida toda (...), ser a mesma pessoa que tem estado ao seu lado desde sempre".



RODAPÉ

Trilha sonora de Le Fabuleux Destin d'Amèlie Poulain.

O símbolo perdido do Dan Brown é bommm, velhooo! *_*

Não está funcionando. Acontece...

Friday, July 23

Pesadelo Pitágoras


Então, gente... Tudo começou depois que resolvi sacear minha vontade de comer brigadeiro às 23h15 da noite desta quinta-feira. Enquanto me lambusava com bolachas de água e sal e a panela com brigadeiro mole, me questionava sobre algumas manias.

Fiz um apanhado da minha vida para encontrar o motivo pelo qual algumas estranhezas me perseguem... Mudei de residência três vezes, sendo a primeira e a segunda, locais de minha infância e adolescencia respectivamente e a vida atual na terceira.

O fato é que hoje de manhã, e agora à noite, lembrei de um livro de capa dura que ganhei quando era criança, que era cheio de figuras e textos avulsos a respeito de vários assuntos curiosos... Tinha uma embalagem de papelão que nunca me desfazia.

P.A.I era o nome do livro. P de pesquisando, A de aprendendo e I de informando... Engraçado porque não tinha pensado nisso, mas eu acho que decorei o nome porque, vai ver, o único pai que realmente tive foi o conhecimento adquirido...

Aí lembrei de que não tinha dificuldade alguma com disciplinas na época do colégio... Depois que fiz Jornalismo, me acostumei a dizer que odiava matemática, mas a verdade é que a situação peca de outra maneira.

Na escola onde estudava, quando passei para a 7ª série, em 1998, adotaram um método de ensino conhecido como Pitágoras, que fodeu a minha inteligência. Não comprávamos livros, recebíamos as tais apostilas nos primeiros dias de aula.

Lembro que valorizei os livros a partir daí. Eu o d i a v a aquilo! No segundo ano científico, mudei de escola e quando estava quase festejando a chance de estudar com livros, descobri que lá também usavam apostilas e que elas conseguiam ser muitooo piores!

E para me emputecer de vez, no ano que saí do colégio da Rede Pitágoras, graças a uma rebelião de pais, as apostilas foram substituídas por livros novamente. Acho que paguei uma tonelada de pecados com essa história toda...


Baixei músicas do game Silent Hill 1, 2 e 3 e tenho me divertido muito enquanto escuto. Estou saturada das canções tradicionais. Acho que as trilhas sonoras andam em alta para meus ouvidos, rsrs... (Sim, eu sei que é estranho ouvir músicas de jogos - e de terror - mas eu confesso que adoro! )

Gostaram do layout novo? Não curti 100%, então, posso acabar modificando daqui uns dias... Aviso, se acontecer! ;)

Tentando controlar raivas estúpidas.

34236 *_*

Monday, July 19

Falcões


Vou me aproveitar da matéria que passou no Fantástico a respeito dos falcões no quadro "Predadores". Alguém viu? Não se preocupem, não serei redundante. Não pretendo reescrever ou copiar o que vi na reportagem... A intenção é outra.

No meio da explicação a respeito da ave e de seu potencial na caça, ouvi, boquiaberta, sobre sua habilidade com a visão à distância e de sua porcentagem de apenas 20% de sucesso na hora do ataque.

Fiquei desgostosa... Quero dizer, uma ave linda, com gigantescos dotes para ser um predador potente, visão aérea, falha em 80% de suas "investidas"... Por queee? Porrr queee?

Não encontrei justificativa alguma. Nem lembro se falaram alguma coisa a respeito disso... O fato é que não achei justo. É como encontrar um pintor que entende de pincéis, telas, tintas, obras de arte e não se torna um Leonardo Da Vinci.

Ainda tomada pela curiosidade daquele quadro, escutei o que veio a seguir e foi como um tapão no pé da minha orelha... Como alguém que diz "idiota, espere!". E o melhor realmente chegou aí.

De todos os predadores mostrados neste quadro até agora (incluindo tubarões, jacarés e felinos), o falcão é o único que não está correndo risco de extinção. Aí você pode pensar: "tu escreveu para falar da bosta do efeito estufa?".

Não vamos inverter o ponto chave deste texto! Que inúmeras espécies estão em extinção não é novidade. Curioso é achar uma delas que se adaptou. Os - falcões - se - adaptaram! Ainda está difícil de entender?

Eu ajudo com outro exemplo: pegue o mesmo especialista em pincéis, telas e tintas... e imagine que ele perdeu suas ferramentas... E que, mesmo assim, ele consegue se adaptar e continuar pintando, não importa o que vier tentar destruí-lo. (A chance de ser o Da Vinci!)

Minha gente, isso é lindo! Adaptação é superior a capacidade natural que os seres vivos nascem dotados de! É sobreviver à guerras e perdas. É superar situações capazes de desequilibrar aquilo que realmente somos!

E vocês ainda podem dizer que é natural, que é a lei das espécies! Seria! Se tantas outras com potencial beirando 100% de proveito de seus ataques não estivessem à merce deste mundo (aparentemente) doente!

O que vem a calhar, meus caros, é a noção atravessada que temos o tempo inteiro a respeito de tudo que fazemos/queremos para nós mesmos. Passamos uma vida buscando espelhos na experiência de outras pessoas, quando o correto é, acima de sobreviver, adaptar-se.



RODAPÉ

Broken Arrow - Hans Zimmer (Explico: baixei uma coletânia absurda de trilha sonora. Ouvindo algumas, reconheci essa, que toca em Pânico (Scream) e não acreditei! Na verdade, o som também faz parte deste outro filme. O fato é que já gostava de Hans Zimmer há mais tempo do que imaginava.)

Sobre o caso Bruno: rapaz, não é defendendo o goleiro não, mas as coisas estão realmente parecendo que foram armadas para ele. A mulher não foi encontrada, o menor envolvido no caso já mudou a versão da história 4 vezes e o tal do "Macarrão" era próximo o suficiente para fazer alguma cagada planejada. Tá difícil.

Procurei o material no site do G1 sobre o quadro "Os predadores" e não encontrei. Perdoem.

34018 Obrigada, gente. :D

Wednesday, July 14

"And there's a lot of things that I don't wanna know"...


Sabe de uma coisa? Eu acho que era mais feliz quando eu não sabia quem me lê. Não me preocupava tanto com as coisas que queria dizer... Talvez fosse uma questão de quantidade (de pessoas) porque era menos rebuscante (não que a palavra exista).

Ontem fui no arquivo de meu antigo blog, o Far Away, para buscar as músicas que costumava ouvir quando estudava Jornalismo... E acabei lendo algumas coisas... Fui atraída pelo título e/ou frases chamativas nos textos.

Fiquei muito feliz de saber que já fui tão inteligente (sériooo!) e ativa. Que costumava ler quatro livros por vez... Que pouco me importava com o que as pessoas pensavam de mim (provavelmente, é um dos motivos pela frequência nas postagens).

Hoje posso dizer que seria capaz de viver sem muitas coisas, minha gente. Estou ciente de que o ser humano é adaptável. A gente sofre inexplicavelmente e consegue nutrição assistindo a chuva cair (ou vendo o sol se pôr/nascer, se preferir).

O fato é que, de uma coisa eu realmente preciso. Talvez "nós precisemos". Não. ¬¬' Eu não estou falando do "ar", é de outra coisa, aparentemente subjetiva. E queria dizer mais coisas sobre isso, mas eu simplesmente acho que não preciso.

Estou falando da esperança.



RODAPÉ

Splender - I think God can explain (Tô viciada desde ontem... E marcou essa retomada do jornalista como profissional de comunicação, porque eu estava ouvindo bem alto na hora! Huehue, adogo!)

Então, vejam que coisa engraçada... Eu termino de postar sobre a "esperança", e leio uma matéria linda como essa! Não estou cabendo dentro de mim de tanta felicidade! "A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) restabelece a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista". Foda-se quem tirou sarro dos profissionais e/ou se nomeava jornalista sem um diploma debaixo do braço! E N G U L A!

33835 :D

Tuesday, July 6

Como destruir guerrilheiros nasais?


À meia-noite de hoje, fui obrigada a trocar os lençóis e limpar o meu quarto porque fui atacada por um batalhão de formigas (dessas que fedem).

Quando terminei, estava suada e precisava tomar um banho. Joguei a roupa no chão do banheiro e deixei a água morna massagear o meu corpo.

A consciência ecológica não demorou a pesar, então, optei pelo sabonete. Na hora de lavar o rosto, uma estupidez carregou minha imaginação pelos vastos campos do inconsciente.

Porque, debilmente, inspirei um pouco daquela espuma e senti meu nariz queimar por dentro. Não pude abrir os olhos, é claro, e por este motivo, acredito, facilmente alcancei vias da insanidade.

Explico: haviam mini-guerreiros imortais, rebeldes, gritando numa língua desconhecida, com tochas em punho, tocando fogo nas minhas paredes nasais.

Sequer debochei! Fiquei me perguntando a respeito daqueles soldados... Por que movitos alguém invadiria minhas narinas e queimaria meus pelinhos? Tenho certeza que existem outros meios de cuidar da sinusite.

Vai entender!



RODAPÉ

Black Eyed Peas - I gotta feeling

"Minha imaginação é foda!"? Não, a minha é cruel!

Cansada de tudo que é provisório. De verdade.

33407 :O

Friday, July 2

My Sister's Keeper

(Uma prova de amor, Nick Cassavetes, 2009)


"Quando eu era criança, minha mãe disse que eu era um pedacinho do céu, que veio a este mundo e que ela e o papai me amavam muito. (...) Claro que você já ouviu aquelas histórias de como as pessoas planejam suas famílias perfeitas. A verdade é que a maioria dos bebês são resultados de bebedeiras e falhas dos metódos contraceptivos. São acidentes. Só as pessoas que tem problemas para ter bebês que os planejam.

Já eu não fui um acidente. Fui projetada. Nasci por um motivo especial. Um cientista uniu o óvulo da minha mãe e o esperma do meu pai para fazer uma combinação genética específica para salvar a vida da minha irmã.

Às vezes me pergunto o que aconteceria se a Kate fosse saudável. Ainda estaria no céu ou algum lugar do tipo, esperando para me unir a um corpo aqui na Terra. Mas, coincidentemente ou não, aqui estou."



Não vou dizer muito, só gostaria que lessem as primeiras frases desta narrativa. Encarecidamente, peço que, se existe alguma possibilidade minúscula de dedicar uma hora e quarenta minutos de seu tempo para uma alguma coisa, conheça esta história.

Já tinha ouvido falar deste filme... E fiquei particularmente curiosa pela atuação da Sofia Vassilieva, que raspou a cabeça para contracenar e, sim!, o realizou brilhantemente. Conheci melhor o trabalho desta notável jovem atriz no seriado Medium, onde protagoniza como Ariel DuBois, filha de Allison (Patricia Arquette).

Um drama sem culpados e cheio de vítimas... da vida. Não pense muito, só assita.



Para finalizar, gostaria de partilhar uma das imagens mais lindas que já vi num filme e o trailer, para aqueles que desejarem um pouco mais de informação.






RODAPÉ

Feels Like Home - Edwina Hayes. Toca no filme.

Vi Eclipse pela segunda vez ontem, e percebi que Sofia Vassilieva é uma das vampiras que participa da transformação de Jasper.

A nossa Copa é a próxima, pessoal! \o/ Em casa!

33133 :OOO